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2012 - Livro Vermelho 2013

Epidendrum proligerum Barb.Rodr. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 22-06-2012

Criterio:

Avaliador: Pablo Viany Prieto

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Epidendrum proligerum apresenta distribuição ampla, habita diferentes fisionomias florestais e está representada em várias Unidades de Conservação de proteção integral.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Epidendrum proligerum Barb.Rodr.;

Família: Orchidaceae

Sinônimos:

  • > Epidendrum janeirense ;
  • > Epidendrum ochrochlorum ;
  • > Epidendrum burgeri ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

​Descrita na obra Gewn. Sp. Orchid. 1: 61. 18E. proligerum pode ser confundida com E. ecostatum e com E. ochrochlorum, pois são idênticas vegetativamente, contudo diferencia-se das duas, e das demais espécie do gênero ocorrentes no Parque Nacional do Itatiaia, pelo formato do labelo, que é inteiro (Barberena, 2010).

Dados populacionais

​Miller et al. (2006) comentam que a espécie é comum na Serra dos Órgãos. A espécie apresentou baixa frequência absoluta no trabalho de Kersten (2006) na Bacia do Alto Iguaçu, Paran

Distribuição

Espécie endêmica do Brasil, de ocorrência em Mata Atlântica, nos estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Barros et al., 2011). Em Mogi das Cruzes ocorre acima de 1000m de altitude e na Serra dos Órgãos ocorre entre 1000 e 1600m. Seungo Bulm, Roderjan e Galvão (2011) a espécie ocorre dos 400 aos 1100m de altitude na Serra da Prata, Morretes, Paraná.

Ecologia

Planta epífita, cespitosa, eretas ou pendentes (Rodrigues, 2008). Encontrada na zona média e inferior de troncos em sombraE profunda, em floresta de arbustos e galhos ao longo de cumeeiras. Ocasionalmente é terrestre nesta cumeeiras abertas, na Serra dos Órgãos (Miller et al., 2006). Os autores citam que a floração ocorre em fevereiro e julho, com flores que duram por até três semanas. Pansarin e Pansarin (2008) comentam que a espécie floresce em abril e maio na Serra do Japi. Já Stancik, Goldenberg e Barros (2009) citam que a espécie foi coletada em flores nos meses de dezembro e junho no Paraná

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes ​Em virtude de sua localização, entre dois grandes centros (Campinas e São Paulo) e circundada por regiões densamente povoadas, a Serra do Japi vem sofrendo, ao longo de praticamente toda sua extensão, grande interferência por ação antrópica. As florestas mesófilas estacionais semidecíduas estão sendo devastadas no interior do estado de São Paulo,muitas vezes pelo avanço de lavouras de cana-de-açúcar (Pansarin; Pansarin 2008)

9.10 Other
Detalhes ​Segundo Barberena (2010), a espécie não é recoletada no Parque Nacional do Itatiaia há mais de 85 anos e, portanto, é considerada presumivelmente extinta nesta Unidade de Conservação.

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: ​A espécie foi considerada Vulnerável (VU) na Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

Referências

- PANSARIN, E.R.; PANSARIN, L.M. A família Orchidaceae na Serra do Japi, São Paulo, Brasil. Rodriguésia, v. 59, n. 1, p. 99-111, 2008.

- FELIPE FAJARDO VILLELA ANTOLIN BARBERENA. Orchidaceae no Parque Nacional do Itatiaia, Sudeste do Brasil: Listagem e Estudos Taxonômicos na Subtribo Laeliinae. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

- ABREU, N. L.; MENINI NETO, L.; KONNO, T. U. P. Orchidaceae das Serras Negra e do Funil, Rio Preto, Minas Gerais, e Similaridade Florística entre Formações Campestres e Florestais do Brasil. Acta Botanica Brasílica, v. 25, n. 1, p. 58-70, 2011.

- VINÍCIUS TRETTEL RODRIGUES. Orchidaceae do Parque Natural Municipal Francisco Afonso de Mello - Chiquinho Veríssimo, Mogi das Cruzes ? São Paulo - Brasil. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente, 2008.

- STANCIK, J. F.; GOLDENBERG, R.; BARROS, F. O gênero Epidendrum L. (Orchidaceae) no Estado do Paraná, Brasil. Acta Botânica Brasílica, v. 23, n. 3, p. 864-880, 2009.

- MILLER, D.; WARREN, R.; MILLER, I. M. ET AL. Serra dos Órgãos, Sua História e Suas Orquídeas. Nova Friburgo, RJ: Editora Scart, 2006. 572 p.

- BARROS, F. DE, VINHOS, F., RODRIGUES, V.T. ET AL. Orchidaceae A.Juss in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/index?mode=sv&group=Root_.Angiospermas_&family=Root_.Angiospermas_.Orchidaceae_AJUS&genus=&species=&author=&common=&occurs=1&region=&state=&phyto=&endemic=&origin=&last_level=subspecies&listopt=1&x=28&y=2>. Acesso em: 02 Fevereiro de 2012.

- CECÍLIA CRONEMBERGER. Variação da Riqueza de Espécies de Orquídeas em um Gradiente Altitudinal na Serra dos Órgãos, RJ. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro, RJ: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2010.

- BLUM, C. T.; RODERJAN, C. V.; GALVÃO, F. Composição Florística e Distribuição Altitudinal de Epífitas Vasculares da Floresta Ombrófila Densa na Serra da Prata, Morretes, Paraná, Brasil. Biota Neotropica, v. 11, n. 4, 2011.

- RODRIGO DE ANDRADE KERSTEN. Epifitismo Vascular na Bacia do Alto Iguaçu, Paraná. Tese de Doutorado. Curitiba, PR: Universidade Federal do Paraná, 2006.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C.N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo, IPEMA, Vitória, ES, 2007.

Como citar

CNCFlora. Epidendrum proligerum in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Epidendrum proligerum>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 22/06/2012 - 14:27:53